quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Medo, Vergonha, Mico à Caminho do Presídio

Tenso! Primeira matéria ser feita em um presídio.
Eu e minha colega de sala, (Anaísa Gouveia) estávamos com uma pauta a ser feita, no presídio do Serrotão na cidade de Campina Grande. O medo e a adrenalina estavam a mil por hora, porém se não tiver o medo não é jornalismo, jornalismo é isso é desafiar os perigos da vida.
Primeiramente foi almoçar no restaurante muito legal, o restaurante popular. Nossa passei uma vergonha muito grande, não por que estava comendo uma comida de 1.00 R$!. Mais estava sendo observado por pessoas a todo instante, mais a comida estava maravilhosa. Em seguida fomos para a parada de ônibus para nossa surpresa estamos muito atrasados, daí Anaisa teve a ideia vamos de moto taxi, eu parei por alguns instantes e falei ‘’hãm? moto táxi? não isso não, eu morro de medo de moto’’, vai lá vem cá resolvemos ir. Lá vai eu pagar o maior mico de moto todo duro e sem contar que o medo duplicou 2x mais.
Chegando ao presídio a nossa pauta foi totalmente quebrada, pois a diretora informou que não podíamos entrar com nenhuma máquina digital, não podia colher nenhuma informação das presas, não podia tirar nenhuma foto só com ordem judicial. ‘’Poxa! Depois de tudo que fizemos para conseguir essa reportagem e ser interrompido assim, de uma hora para outra’’. Mais jornalista é assim mesmo nunca desiste de primeira, resolvemos apenas acompanhar o projeto de ‘’EDUCAÇÃO NO PRESÍDIO’’ que era o nosso objetivo. Conversarmos com a diretora e pedimos para ver uma aula que estava tendo no presídio ela concordou. Pronto ai começa a tremer tudo perna, o coração começa a bate mais forte.
 Entramos no presídio.  Pra minha surpresa fomos muito bem recebidos, acompanhei de inicio com uma pulga atrás da orelha, até por que eu estava no presídio, até então chegou uma detenta na grade e começou a olha de uma forma diferente para mim, com um olhar muito sério pensei ‘’pronto too frito que ver essa mulher pular em cima de me, tentei disfarçar, mais não conseguia estava com muito medo, medo mesmo à professora notou minha cara e disse ‘’ não se preocupe ela é deficiente metal’’ ai aos poucos fui mim acalmando.
Quero parabenizar a professora Gilma pelo seu trabalho no presídio e principalmente as presas todas, elas estão de parabéns eu mudei totalmente minha visão. Observei que vocês só precisam de oportunidades não é porque vocês erraram uma vez que vão continuar no erro, eu vi de perto o quanto às detentas tem talento, sabedoria e um grito sufocado em cada olhar de arrependimento, em cada lágrima de caíam do rosto de vocês era como se fosse para mim um pedido de socorro sem respostas das autoridades. Parabéns a ala feminina do serrotão.


Um comentário:

aline disse...

Adorei a reportagem,parabéns Steniel.